Mídia-educação é uma especificidade do fazer educativo que vem ganhando
consistência e reúne contribuições de áreas diversas, tais como ciências da
comunicação, pedagogia, sociologia, linguística, semiótica, informática, design
e cinema. Consequentemente, há uma ampla diversidade de abordagens e objetivos.
Entretanto, é muito provável que todas essas iniciativas tragam à tona questões
comuns.
O professor inglês David Buckingham, no livro "Media Education" (Polity Press, 2003) destaca algumas questões paradigmáticas neste campo
emergente:
+ Como identificar o que os estudantes sabem sobre mídia?
+ Como é que
eles adquirem compreensão crítica ou de conceitos?
+ Como eles aprendem a usar as
mídias para expressar a si mesmos e para se comunicar com os outros?
+ Como eles
relacionam discurso acadêmico com suas próprias experiências como usuários de
mídias?
+ Como podemos identificar e avaliar evidências do aprendizado? Como
podemos ter certeza de que a educação para a mídia faz diferença?
Em termos práticos, um desafio importante é saber promover atividades de
produção de conteúdo que não sejam, no final das contas, mera celebração da
vontade do aluno. Em outras palavras, se o professor não tiver objetivos,
metodologia, critérios de avaliação definidos a priori, a produção de vídeos, programas de rádio, revistas, blogs
etc pode ser uma atividade estimulante, significativa, divertida, mas também
pode acabar ensinando pouco sobre o papel e o funcionamento dos meios de
comunicação. Com efeito, compreender o que é e para que serve a mídia é algo
que deve nortear as iniciativas de media
literacy.
Nenhum comentário:
Postar um comentário